terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Família

Lá de Deus.. o Pai
De Maria Virgem Santíssima.. a Mãe
E Jesus Cristo... Vosso filho o Salvador.

E todos nós que somos irmãos.

Quantos irmãos... e quantos nós. Da vida que se ganha, aqui na Terra encarnar, como matéria, como vegetal. Do mineral ao animal. Do irracional, ao racional. E a prisão nesse ciclo constante de morte e renascimento. Samsara.

Se a nossa meta é retornar aos laços da nossa Família original. Do pai e da mãe que podem estar nos ajudando, e esperançosos com a nossa busca pelo retorno.. o nosso querer voltar. Não sei se soube em outra vida, mas nessa eu tenho certeza de que quero voltar.

Mas daqui da Terra, os nossos laços. Sim porque nós, eu quero desatar. Mas laços, de amor, de história de vidas passadas que ninguém aqui pode afirmar. A única alternativa é seguir o nosso coração.

Eu optei por viver com a minha mãe aqui na Terra. Não casei, não tive filhos. A minha família é uma só, desde a minha chegada nesta vida até agora. Ela cresceu porque tive mais duas irmãs. Uma delas pela qual, a minha ligação é tão divina quanto a minha própria mãe. A outra, uma ternura, uma esperança, mais um anjo que chegou nessa família para ajudar e nos ensinar.. e aprender. Isso tudo até agora. Porque infelizmente, não podemos prever o futuro, mas seguimos sempre com a esperança, de que o melhor possa acontecer.

Hoje essa esperança, que pode ter sido depositada no passado pela minha mãe em relação a mim e aos meus irmãos mais velhos, por um momento, se dissolveu no ar. Cutuquei esses meus irmãos e chamei á consciência para ajudar a nossa mãe, como matriarca da nossa família, até o fim das nossas existências nessa vida.. e nos deparamos com algo que algum dia talvez fosse provável, mas a esperança... existia.

Meu irmão, que chegou na família em condições diferentes da minha e da minha irmã mais velha, que por um momento se sentiu rejeitado, excluído, errado ou de alguma maneira diferente da sua família, cresceu e decidiu cuidar da sua nova família, com a sua mulher. O que não julgo errado, mas lamento o desprezo e descaso ou que seja, a falta de consideração, com a nossa matriarca.

Cutuquei e tive essa confirmação. Juro por Deus, que por mais que isso fosse provável, tanto a mim quanto a minha mãe, tínhamos esperanças de uma chance de acolhimento, amor e compaixão.

Meu coração ficou apertado. Talvez um terço do que ficou o da minha mãe. Mas refletindo agora sobre tudo isso, olhando para o traço que seguiu a sua vida desde a chegada até a atualidade, talvez ele tenha os seus motivos. Talvez uma terapia resolvesse. Talvez ele apenas veio ao mundo, com um propósito diferente. Talvez... talvez....

A minha lição é respeitar. E independente do sentimento negativo que essa atitude nos envolveu, que saibamos respeitar a sua decisão, e que possamos viver fortes, felizes e em harmonia, para sempre.

Deus ilumine á todos esses corações, que de um jeito ou de outro, sofrem. Deus, nosso Pai eterno, poderoso e onipotente, não nos abandone... e receba com carinho, o amor de seus filhos.. e nos ajude a nos entender e entender ao próximo, e se não for possível entender, que possamos respeitar.

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