segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

o que procuras?

vamos falar um pouco do que eu sinto. há quase 30 anos escrevo essa história. é uma história sonhadora. é emocionante. exemplar. ou não. é uma história carregada de muita emoção. emoção demasiada ás vezes. me confunde o quanto essa história pode ser dramática. porque de repente, simplesmente, não é. o drama que escrevo se chama ilusão. aquele choro sofrido, sem motivo, requer atenção. que dor é essa?

tenho paz. tenho leveza. e tenho muito amor. à sombra disso tudo, tenho o drama. lá do começo, uma ofensa que vêm de cima, de quem deveria me proteger. mas me ofendeu. e eu... nos primeiros capítulos do meu drama, chorei. e fui buscar consolo, na barra da saia da mãe. que protegeu. mas eu chorei. e pela proteção que tive, e pelo choro que fiz, fui ofendido denovo. mas que bobo. que sentimento é este que buscas? é a solidão? que solidão? falta de quem se não de mim mesmo. não me basta ter a mim mesmo, quero estar com mais alguém? com quem? quer recomeçar se não vai adiantar? porque se é difícil de controlar o que eu sinto e o que eu faço, o que posso fazer pela atitude do outro? nascer? ou renascer? ou esquecer? assim como a poeira escondida debaixo do tapete que uma hora alguém levanta e se revela. assim é o meu drama. quando realizo que não quero fazer parte como protagonista dessa novela mexicana, eu acordo, respiro, peço o meu perdão. ergo a cabeça. sorrio. são muitos os motivos pra comemorar. muda o lado que vê. mas passou? passou mesmo? recuperou? porque voltou? não pode ser verdadeiro. tem que ter explicação. é falta do quê? se tudo tenho e tudo sou. sou demais pra aguentar a mim mesmo? sou eu que quero reconhecimento? sou eu que quero atenção. sou eu que quero dividir o peso dessa cruz? se me vejo carregando a minha, e a parte da minha é a tua. e todas juntas são a nossa. que cruz é essa? é a minha cruz. quer carregar a cruz do outro, mas não tem quem carrega a tua. carrega a ti próprio e quer alguém louvando a tua força a tua vitória? quer ser humilde e sente falta de um confete? quer ser correto e revolta-se com quem não é? mas o que é ser correto? é só o teu ponto de vista. vai fazer o que? viver dentro de uma bolha refletindo as tuas próprias verdades? de que vai adiantar? quem é que cresceu sozinho sem ninguém pra contestar? quem é que cresceu sozinho sem ninguém pra ajudar? quem é que cresceu sozinho? quem é? se sabes que sou eu, sou tu, somos nós.. que soma é essa que diminui? menos o que pensa diferente. menos o que age diferente. menos o que vive outra experiência. menos o que não se identifica. que soma é essa? quais são os arquétipos? errados na busca da verdade.

silêncio. o que tu buscas? silêncio.

é algo ou é alguém? é tudo ou é nada? lembra daquela voz. naquele capítulo que falou: daqui pra frente é só seguir. e não segues? e não acreditas? então pra que mais? peço o perdão. mas erro denovo. mas peço perdão denovo. mas erro denovo. porque sou humano e a humanidade se deu o direito de errar. pra entender o que é acertar. você já acertou. agora acabou. mas um pequeno tropeção, faz virar esse turbilhão. não quero não. quero a paz da perfeição. aqui não tá. onde é que há?

já perdoou. então eu agradeço. chegou a hora de dormir o sonho de minha ilusão. o sonho de minha verdade, oculta no meu coração. sonhar. viver. dormir. acordar. viver... viver...

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